Coolest Monkey In The Jungle
Outubro 11, 2019
tudopassacarago
Eu não sabia que a H&M tinha uma secção do Ku Klux Klan mas parece que sim. É que das duas uma: ou a H&M achou que a sociedade, na sua globalidade, é só malta porreira que ia achar imensa graça a este hoodie ou então pensou que milhões de racistas, por esse mundo fora, iam comprar esta peça de roupa, para apoiarem este núcleo racista da H&M, fazendo disto um incrível sucesso de vendas.
Já estou a imaginar um azeiteiro típico do Alabama a comprar vários hoodies com o slogan “coolest monkey in the jungle” para ir oferecê-los aos miúdos pretos que encontrar. O que ele não devia estar preparado era para levar com a afirmação: «cool black kids always have a knife», enquanto sangrava do abdómen.
Estereótipos à parte, ser o “macaco mais fixe da selva” era realmente uma camisola porreira de se ter se fossem os próprios dos macacos a fazer compras na H&M. Agora como são pessoas que lá fazem compras, acho que nenhuma iria querer adquirir algum hoodie com esse slogan para vestir aos filhos. Até porque no dia a seguir, na escola, o miúdo que levasse essa camisola ia levar porrada de toda a gente: dos amiguinhos pretos que iriam achar a roupa ofensiva e dos miúdos racistas que iam achar a camisola uma desfaçatez e um atrevimento.
A H&M já pediu desculpas a todas as pessoas que se ofenderam com esta situação. Não sei o que farão às camisolas. Vão entregá-las nos zoos? Vão entregá-las nas selvas aos próprios dos macacos? E não será discriminação dizer que os macacos que vestem aquela camisola são mais fixes que os outros macacos que não têm a porra da camisola?
Isto dá que pensar, meus amigos. Já estou a ver que os maiores gangs da América vão deixar de combater entre si e vão escolher a H&M como inimigo número um. Vamos ver montras das lojas todas furadas de rajadas de metralhadoras. Vamos ver lojas vazias, já que nunca mais ninguém fará compras nesta cadeia de fast fashion. A H&M estará ao lado da Síria e do Iraque na lista dos destinos a serem evitados a todo o custo.
A única hipótese que a H&M tem de evitar a falência é cativando o segmento racista e xenófobo da população mundial para lá deixar o seu dinheiro em troca de roupa de qualidade fraca e gosto duvidoso. Já estou a ver Trump a ser o próximo rosto publicitário da H&M, por todo o mundo, com o slogan: “coolest racist in the world”. Era uma tragédia de vendas, não acham?